domingo, 3 de agosto de 2008

Kaloré-PR

Era sábado (02/08/2008), e o tempo resolveu fechar de vez. Estava voltando de carro de Londrina e a tempestade que pegamos na estrada sinalizava que aquele final de semana seria de muita chuva.

Tínhamos programado com o pessoal do Motoclube, irmos no domingo para Kaloré-PR, onde os irmãos do Cobra Motoclube fariam seu encontro anual, que por sinal sempre é muito bem comentado por quem participa.

Fui na casa do Gaúcho sábado à noite para pegar o meu Kit do Motoclube (Dragões da Liberdade), e combinamos que se amanhecesse sem chuva, iríamos para Kaloré.

Acordei às 7:30 da manhã no domingo (dia 03/08) e vi que o tempo estava um pouco fechado. Como o combinado era saírmos da BASE às 09:00hrs, esperei um pouco e comecei a ligar para o pessoal. A maioria ficou com um pouco de receio de ir, mas a vontade de ir era tamanha que resolvi dar uma volta na cidade para ver se encontrava algum grupo de motociclistas para eu ir com eles.

Na BASE, apenas algumas esportivas estavam esperando completar o grupo para sairem, porém eu não conseguiria acompanhá-los. Passei pelo posto da Av São Paulo com a Av Colombo e encontrei o grupo do Ali, já prontos para sair. Parei para conversar com eles e me convidaram para ir no grupo deles. Falei que iria fazer mais alguns contatos e seguiria depois, encontrando-os lá em Kaloré mesmo.

Perto das 10:00hrs a Bruna me ligou dizendo que o Zé Carlos e o Paraná (Edson) haviam marcado de sair às 10:30 em frente da Freeway. Rapidamente liguei para mais alguns camaradas e avisei quem eu pude. Passei na casa da Janaína (minha namorada), peguei ela e fomos ao local combinado para a saída.

Chegando lá, encontrei o Zé Carlos e a Bruna, e logo depois apareceu o Paraná e sua esposa, cada um na sua moto. Um pouco depois quando já estávamos saindo, o Maurício e a Dí pegaram a rabeira do grupo e nos acompanharam também.

Fomos em 5 motos, com um olho na estrada e outro no céu, pois havia muitas nuvens e tudo indicava que cairia uma chuva a qualquer momento.

Chegamos no trevo de Jandaia do Sul e pegamos a estrada sentido Kaloré. A estrada, apesar de estar bem sinalizada, tinha muitas imperfeições na pista, o que era sentido diretamente em nossas colunas, e tivemos de andar devagar para chegarmos em segurança até nosso destino.

Muitas curvas, algumas muito fechadas mas como todos já possuem uma certa experiência em viajens de moto, não tivemos problema algum. Até mesmo os trechos onde pegamos pista molhada e um pouco de lama em certas curvas, as motos passaram tranquilamente sem qualquer tipo de instabilidade.

Chegamos em Kaloré e o encontro estava fervendo. Tinha muita gente e ao olhar para o palco, já vi o Ali, com sua Banda detonando um som pesado mas muito legal. Encostamos as motos, cumprimentamos alguns amigos e fomos comer a tão falada costela do encontro. Realmente, estava muito boa, tanto que comemos 3 kilos em questão de minutos e não sobrou muita carne para contar história.

Depois fomos dar uma andada, para ver as motos e ver se encontrávamos mais conhecidos. Ficamos até umas 4 e meia da tarde no encontro e resolvemos formar um grupo para voltarmos para Maringá. Por sorte, o ceu abriu e a possibilidade de chuva ficou totalmente descartada na volta.

Para voltarmos, viemos em 7 motos, onde o Robson (amigo de outros encontros) e um amigo da Bruna nos acompanharam.

Saindo de Kaloré, o primeiro susto e uma certa tristeza. A Cláudia, uma conhecida do pessoal sofrera um acidente em uma curva e teve de ser levada para o hospital para fazer exames. Segundo o que eu li no Orkut de amigos, ela teve traumatismo craniano, fratura em uma das mãos e rompimento dos tendões de um dos joelhos. Como ela roda com o grupo das motos esportivas, imagino que não deveriam estar muito devagar. Segundo o pessoal que estava com ela, ao fazer uma curva ela acionou o freio dianteiro um pouco além do que deveria e a moto empinou a traseira, fazendo com que ela caísse de cara no chão. Por sorte o capacete era muito bom e a roupa que ela estava era apropriada, senão...

Logo à frente, paramos em um posto de combustível e encontramos um grupo de Londrina, onde mais um cara tinha achado o chão (na mesma curva). Ele caiu com uma Shadow 750 praticamente zerada, não tinha nem 1.000km. Estragou todo o lado esquerdo da moto. Também deveria estar um pouco além do limite de velocidade, ainda mais para uma custom, que não é tão boa assim em curvas. No mínimo este cara devia ter uma moto esportiva ou naked e passou para uma Custom, mas não mudou sei estilo de pilotagem.

Por estas acontecimentos é que sempre tomamos os cuidados necessários em nossas viagens, seja no estilo de pilotagem (sempre dentro dos limites permitidos), seja pelos equipamentos de segurança e até mesmo porque queremos chegar todos juntos, para tomar aquele suco de laranja gostoso no final da viagem (cerveja agora é mais complicado, com esta lei seca).

Pouco antes de Maringá, o pessoal parou em Itambé-PR, cidade nata do Zé Carlos, para comer umas porções de azeitona, torresminho e batata-frita. Até chegamos a descer, mas a Janaína queria ir embora logo, pois ela tinha medo de viajar à noite.

Como ela estava um tanto agoniada, resolvi ir. O Maurício e a Di também resolveram seguir com a gente. Chegamos na pista dupla em Floresta e o retorno foi muito tranquilo até Maringá, mesmo sendo à noite.

Deixei a Janaína na casa dela e vim para casa, tomar um banho e preparar as coisas para uma semana dura de trabalho que teria pela frente.

Em resumo, o passeio foi bom, porém a tensão por causa da chuva, e os acidentes que vimos na volta fizeram com que não tivesse o mesmo entusiasmo de outras vezes. Mas, nem sempre teremos tempo bom pela frente. O que precisamos é estarmos sempre preparados para situações adversas e com muita responsabilidade zelarmos pela nossa segurança e pela segurança do grupo, afinal, parceiro que sai junto chega junto!

Abraços e até a próxima...