domingo, 3 de agosto de 2008

Kaloré-PR

Era sábado (02/08/2008), e o tempo resolveu fechar de vez. Estava voltando de carro de Londrina e a tempestade que pegamos na estrada sinalizava que aquele final de semana seria de muita chuva.

Tínhamos programado com o pessoal do Motoclube, irmos no domingo para Kaloré-PR, onde os irmãos do Cobra Motoclube fariam seu encontro anual, que por sinal sempre é muito bem comentado por quem participa.

Fui na casa do Gaúcho sábado à noite para pegar o meu Kit do Motoclube (Dragões da Liberdade), e combinamos que se amanhecesse sem chuva, iríamos para Kaloré.

Acordei às 7:30 da manhã no domingo (dia 03/08) e vi que o tempo estava um pouco fechado. Como o combinado era saírmos da BASE às 09:00hrs, esperei um pouco e comecei a ligar para o pessoal. A maioria ficou com um pouco de receio de ir, mas a vontade de ir era tamanha que resolvi dar uma volta na cidade para ver se encontrava algum grupo de motociclistas para eu ir com eles.

Na BASE, apenas algumas esportivas estavam esperando completar o grupo para sairem, porém eu não conseguiria acompanhá-los. Passei pelo posto da Av São Paulo com a Av Colombo e encontrei o grupo do Ali, já prontos para sair. Parei para conversar com eles e me convidaram para ir no grupo deles. Falei que iria fazer mais alguns contatos e seguiria depois, encontrando-os lá em Kaloré mesmo.

Perto das 10:00hrs a Bruna me ligou dizendo que o Zé Carlos e o Paraná (Edson) haviam marcado de sair às 10:30 em frente da Freeway. Rapidamente liguei para mais alguns camaradas e avisei quem eu pude. Passei na casa da Janaína (minha namorada), peguei ela e fomos ao local combinado para a saída.

Chegando lá, encontrei o Zé Carlos e a Bruna, e logo depois apareceu o Paraná e sua esposa, cada um na sua moto. Um pouco depois quando já estávamos saindo, o Maurício e a Dí pegaram a rabeira do grupo e nos acompanharam também.

Fomos em 5 motos, com um olho na estrada e outro no céu, pois havia muitas nuvens e tudo indicava que cairia uma chuva a qualquer momento.

Chegamos no trevo de Jandaia do Sul e pegamos a estrada sentido Kaloré. A estrada, apesar de estar bem sinalizada, tinha muitas imperfeições na pista, o que era sentido diretamente em nossas colunas, e tivemos de andar devagar para chegarmos em segurança até nosso destino.

Muitas curvas, algumas muito fechadas mas como todos já possuem uma certa experiência em viajens de moto, não tivemos problema algum. Até mesmo os trechos onde pegamos pista molhada e um pouco de lama em certas curvas, as motos passaram tranquilamente sem qualquer tipo de instabilidade.

Chegamos em Kaloré e o encontro estava fervendo. Tinha muita gente e ao olhar para o palco, já vi o Ali, com sua Banda detonando um som pesado mas muito legal. Encostamos as motos, cumprimentamos alguns amigos e fomos comer a tão falada costela do encontro. Realmente, estava muito boa, tanto que comemos 3 kilos em questão de minutos e não sobrou muita carne para contar história.

Depois fomos dar uma andada, para ver as motos e ver se encontrávamos mais conhecidos. Ficamos até umas 4 e meia da tarde no encontro e resolvemos formar um grupo para voltarmos para Maringá. Por sorte, o ceu abriu e a possibilidade de chuva ficou totalmente descartada na volta.

Para voltarmos, viemos em 7 motos, onde o Robson (amigo de outros encontros) e um amigo da Bruna nos acompanharam.

Saindo de Kaloré, o primeiro susto e uma certa tristeza. A Cláudia, uma conhecida do pessoal sofrera um acidente em uma curva e teve de ser levada para o hospital para fazer exames. Segundo o que eu li no Orkut de amigos, ela teve traumatismo craniano, fratura em uma das mãos e rompimento dos tendões de um dos joelhos. Como ela roda com o grupo das motos esportivas, imagino que não deveriam estar muito devagar. Segundo o pessoal que estava com ela, ao fazer uma curva ela acionou o freio dianteiro um pouco além do que deveria e a moto empinou a traseira, fazendo com que ela caísse de cara no chão. Por sorte o capacete era muito bom e a roupa que ela estava era apropriada, senão...

Logo à frente, paramos em um posto de combustível e encontramos um grupo de Londrina, onde mais um cara tinha achado o chão (na mesma curva). Ele caiu com uma Shadow 750 praticamente zerada, não tinha nem 1.000km. Estragou todo o lado esquerdo da moto. Também deveria estar um pouco além do limite de velocidade, ainda mais para uma custom, que não é tão boa assim em curvas. No mínimo este cara devia ter uma moto esportiva ou naked e passou para uma Custom, mas não mudou sei estilo de pilotagem.

Por estas acontecimentos é que sempre tomamos os cuidados necessários em nossas viagens, seja no estilo de pilotagem (sempre dentro dos limites permitidos), seja pelos equipamentos de segurança e até mesmo porque queremos chegar todos juntos, para tomar aquele suco de laranja gostoso no final da viagem (cerveja agora é mais complicado, com esta lei seca).

Pouco antes de Maringá, o pessoal parou em Itambé-PR, cidade nata do Zé Carlos, para comer umas porções de azeitona, torresminho e batata-frita. Até chegamos a descer, mas a Janaína queria ir embora logo, pois ela tinha medo de viajar à noite.

Como ela estava um tanto agoniada, resolvi ir. O Maurício e a Di também resolveram seguir com a gente. Chegamos na pista dupla em Floresta e o retorno foi muito tranquilo até Maringá, mesmo sendo à noite.

Deixei a Janaína na casa dela e vim para casa, tomar um banho e preparar as coisas para uma semana dura de trabalho que teria pela frente.

Em resumo, o passeio foi bom, porém a tensão por causa da chuva, e os acidentes que vimos na volta fizeram com que não tivesse o mesmo entusiasmo de outras vezes. Mas, nem sempre teremos tempo bom pela frente. O que precisamos é estarmos sempre preparados para situações adversas e com muita responsabilidade zelarmos pela nossa segurança e pela segurança do grupo, afinal, parceiro que sai junto chega junto!

Abraços e até a próxima...

domingo, 27 de julho de 2008

Dia Nacional do Motociclista

Já fazia alguns dias que eu não pegava a estrada com a Madonna (minha moto), e no Dia Nacional do Motociclista eu não poderia ficar em casa, de jeito nenhum. Por sorte, o motoclube no qual eu participo promoveu um churrasco de confraternização na chácara de um Brother, no município de Floresta-PR, pertinho da cidade onde moro.

Combinamos de sairmos cedo, mas como sempre, acabamos atrasando e só pegamos a estrada por volta das 10 e meia da manhã. Antes, passamos em frente à catedral de Maringá para receber a bênção de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas.

Esta viagem foi uma espécie de "volta ao começo", pois saímos em 4 motos, exatamente as mesmas que marcaram o meu ingresso no motoclube, na viagem para Porecatu-PR (já relatada neste blog). A única pessoa que não estava na viagem para Porecatu era a Janaína, minha namorada. Mas nesta, o quarteto estava completo: Maurício e Dí, Zé Carlos e Bruna, Eduardo e Paula, e Eu e a Janaína.

Pegamos a estrada e logos começamos a filmar. A Janaína já está conseguindo fazer umas imagens bem interessantes, e só não fica melhor porque ela tá filmando com uma cam digital pequena, e é muito difícil de segurar sem tremer, ainda mais em cima de uma moto. Mas, já estou bolando alguns acessórios para fixar a cam na moto e ela apenas controlar a direção da filmagem. De qualquer forma as imagens que ela fez renderam um vídeo muito legal, que está disponível ao final desta postagem.

Um dos fatos curiosos que teve nesta viagem, foi o fato da Dí ter ido pilotando a HD 883, enquanto o Maurício foi de carro, nos acompanhando durante todo o trajeto.


Viajar em pista dupla é sempre muito gostoso, pois não precisa se preocupar tanto com ultrapassagens e dá pra aproveitar mais a paisagem.

Chegando lá, já fomos cumprimentar o pessoal que estava no churrasco e também fizemos alguns novos amigos. Conhecemos o "Barba", uma figuraça que há algum tempo faz parte dos Dragões e que nos propiciou boas risadas com seu jeito irreverente. Também conhecemos o Cezinha, que depois de tomar umas, começou a dançar, imitando o Mick Jagger, dos Stones. Muito comédia!!!

Por fim, finalmente conheci o Gaúcho, atual presidente do motoclube e que nos recebeu de braços abertos. Conversamos sobre o projeto do website e sobre o futuro dos Dragões da Liberdade. Nos propomos a escrever um novo capítulo da história do Motoclube, onde iremos registrar todos os encontros e promover cada vez mais a imagem dos Dragões.


Após saborear um delicioso churrasco, ficamos horas conversando com os amigos e nos divertindo com as histórias, relatos e também com as "performances" dos que estavam um pouco mais "empolgados". Ao final da tarde, reunimos todo o pessoal e voltamos em um grupo grande, de aproximadamente 20 motos.


Foi uma volta tranquila, porém muito divertida, pois quanto mais motos no grupo, mais interessante fica a viagem. É legal ver os olhares curiosos das pessoas quando o ronco das motos começa a preencher o silêncio que habitava a estrada.

Chegamos em Maringá no início da noite e fomos todos para a BASE (Bar de Motociclistas recém inaugurado). Ficamos um pouco por lá e depois fomos embora. Por fim, foi um domingo para tirar um pouco a ferrugem, pois há algum tempo eu não pegava a estrada.


Estar na companhia de bons amigos, e da namorada em sua garupa, certamente é um momento especial. Afinal, as boas coisas da vida não são necessariamente as que o dinheiro pode comprar, mas sim aquilo que você um dia pôde conquistar.

Abraços a todos e Let's Ride!!!


domingo, 8 de junho de 2008

Encontro Internacional

Olá Galera...

Desta vez, escrevo sobre o primeiro grande encontro que participo. O 11° Encontro Nacional e 5° Encontro Internacional de Motociclismo, que aconteceu em Cianorte-PR, nos dias 05, 06, 07 e 08 de Junho de 2008.

Durante toda a semana fiquei em contato com amigos pra acertamos os últimos detalhes da viagem, pois iríamos para acampar.


No sábado, às 15:00hrs, saímos em um grupo de 7 motos rumo à Cianorte-PR. A euforia tomava conta, desde a saída e durante todo o percurso. Encontramos muitas motos no caminho (e quando digo muitas, são muitas mesmo). Durante o trecho de ida, a Janaína aproveitou para tirar fotos e também para filmar a estrada, o que rendeu um clip interessante da viagem, que está disponibilizado no YouTube (Clique Aqui para Ver).


Particularmente não gosto muito da estrada que liga Maringá a Cianorte, pois é uma rodovia não pedagiada e de pista simples (salvo algumas subidas em pista dupla). Por isso, muitos caminhões desviam o pedágio e optam por seguir caminho por esta estrada. Esta rodovia também é a principal conexão do norte do Paraná com o Mato Grosso do Sul e estados acima.

Neste cenário, é extremamente recomendado atenção máxima na estrada, nos carros, motos e caminhões, pois uma pequena distração pode acarretar em algo pior.

Sempre que rodamos com este grupo, preferimos posicionar as motos em fila dupla alternada, ou seja, você anda atrás de uma moto, com uma certa distância e na fila ao lado, as motos estão atrás ou à frente de você. Desta forma, caso precise fazer alguma manobra pra desviar de buracos ou algum outro obstáculo, dá tempo de fazer a manobra com segurança.


Chegando em Cianorte, a cada kilometro, mais motos iam agrupando-se na estrada, formando um imenso comboio de motociclistas, cujo destino final era o Encontro Internacional.

Chegamos no Parque de Exposição e veio a primeira facada: R$20,00 o valor do ingresso no parque, não importava se fosse motociclista, garupa, pedestre. Nem mesmo para Motoclubes que foram em grande número de motociclistas foi dado algum tipo de desconto. Mas tudo bem, vejamos pelo lado bom: o público estava bem seleto.

Ao entrar, a primeira preocupação foi arrumar um bom local para acampar. Estava tudo lotado e o único local que tinha disponível era no meio da muvuca. Graças à alguns camaradas, conseguimos um lugar longe da bagunça e muito bem posicionado em relação às atrações. Armamos as barracas e fomos curtir o evento.


Encontramos muitos amigos, tiramos muitas fotos e é claro, vimos muitas motos e também "coisas" para motos. As lojas possuiam uma gama enorme de acessórios, tanto para as máquinhas como para seus "cavaleiros". Comentei com a Janaína (minha namorada) que no próximo encontro, iremos com uma boa reserva de dinheiro para nos equiparmos da cabeça aos pés.


Vimos algumas motos modificadas em exposição, assim como muitas marcas de peso expondo os modelos do ano, cada uma em sua categoria. Mas o mais divertido era ver as motos customizadas, pelos irmãos que foram pra participar do encontro. Sempre li que a maior atração de grandes encontros eram os próprios motociclistas, e suas máquinas. Neste final de semana eu tive a convicção de que era realmente isso.

Passamos o sábado para domingo praticamente em claro. Comemos e bebemos muito bem. Posso dizer que em termos de Praça de Alimentação e Bares, não deixou nada a desejar. Quando o cansaço batia, íamos para a barraca dar uma pequena esticada nas pernas e logo em seguida voltamos pro meio da galera.

Fomos dormir já de madrugada e no outro dia acordamos cedo para desmontar acampamento e pegar a estrada de volta. Tomamos um café no próprio pavilhão do evento e em poucos minutos estava tudo pronto para pegarmos a estrada novamente. Tudo estava perfeito, até que quando fomos tirar nossos capacetes e jaquetas de couro do porta-objetos, veio o susto. O local onde tínhamos deixado estava trancado, porém com um dos vidros quebrados. Ao olhar pelo vidro, vi que não tinha mais nada lá dentro, tinham feito uma limpa.

O pessoal da segurança não conseguia localizar o responsável pelo local e todos que deixaram seus pertences no local onde guardavam capacetes e demais objetos, começaram a ficar apreensivos. Já estava até fazendo as contas de quanto foi o meu prejuízo, quando o "mala" responsável pelo lugar apareceu para abrir a porta da sala, de cara amarrada e querendo arrumar confusão com o pessoal. Ele dizia que eram pra retirar os pertences até às 06:00hrs da manhã, mas ninguém foi avisado disto quando deixou suas coisas lá, muito menos tinha cartazes dizendo isso. Como queríamos ir embora logo, procurei nem trocar palavras com o sujeito. Peguei minhas coisas (que estavam guardados em uma outra sala) e viemos embora.

Na volta, viemos em um pequeno grupo (de 3 motos). Paramos para abastecer e mais uma vez muito movimento na estrada. Chegamos pouco antes do meio dia . Sendo assim, ainda deu tempo de tomar um bom banho e almoçar com a família da Janaína.

Posso dizer que o encontro em sí foi muito bom, mas o melhor de tudo foi a companhia de amigos, parceiros e irmãos motociclistas, tanto no evento quanto na estrada. Acho que até já escrevi isto, mas vou repetir: o melhor de uma viagem não é o local para onde você está indo, mas sim o caminho pra chegar até lá.

Quer lavar a alma? Descarregar o estresse de uma semana dura de trabalho? Pegue sua motoca e saia para a estrada. Não existe remédio que consiga o mesmo resultado.

Abraços a todos e Let's Ride!!!

domingo, 11 de maio de 2008

Dia das Mães em Cascavel-PR

Estava tudo pronto para esta, que seria até então a maior viagem que fiz de moto até hoje. Alforges carregados, um colchão de ar preso no banco traseiro da moto, roupas de frio, calçados, acessórios de higiene, capa de chuva, polainas, enfim, tudo muito bem amarrado à moto para que nada ficasse pelo meio do caminho.

Iria primeiramente para Ivaiporã-PR, acompanhando um amigo (pois ele nunca tinha pegado a estrada de moto), e depois seguiria até Cascavel-PR, para passar o dia das Mães com minha querida Mãe.

Programamos de sair no sábado bem cedo, às 06 da manhã, e com um pequeno atraso, às 06:30 já estávamos na estrada.

A previsão do tempo disse que faria entre 7 e 14 graus pela manhã, portanto coloquei jaqueta de couro e luvas, porém achei desnecessário uma blusa de lã por baixo. Erro meu, pois logo na saída a sensação que estava é que a temperatura estava abaixo de 0 (Zero) grau.

Logo nos primeiros kilômetros, coisas que você aprende sofrendo. A viseira do capacete, a bolha e os espelhos embaçavam a todo momento. Eu li uma vez um relato de um motociclista que foi para o Chile, e ele disse que em temperaturas baixas, era aconselhável passar um spay anti-embaçante na viseira do capacete. Como a empolgação era tamanhã por esta viagem, este detalhe passou depercebido. Ainda bem que a estrada estava tranquila e nos momentos em que eu via que iria embaçar de vez, eu abria um pouco a viseira para poder enxergar melhor.

Saímos da pista dupla já perto de Floresta e tomamos o rumo à Ivaiporã. Assim que o sol mostrou seus primeiros raios naquela manhã, fizemos uma rápida parada à beira da estrada para colocar os óculos de sol. Ao olhar para o lado, uma visão deslumbrante: O sol surgindo, em meio à névoa da manhã, que cobria as plantações e deixava a paisagem com um ar de serra. Coisa linda de se ver, pena que deixei a cam dentro da mochila e pra não atrasar muito a viagem não quis desamarrar tudo apenas para tirar a cam. Mais tarde, me arrependi de não ter feito isso. Há muito tempo que não vejo um nascer do sol tão belo como aquele (mesmo num dia muito frio).

No caminho, pude sentir o orvalho da manhã, aquela brisa gelada que faz a temperatura desabar quando surgem os primeiros raios de sol. A paisagem ao longe era composta de longos campos cobertos de geada e uma leve névoa nos locais mais baixos. Tinha até esquecido do frio, de tão bela era a paisagem que a todo o momento eu fazia questão de observar. Era um olho na estrada e outro na paisagem.

Paramos para abastecer em São Pedro do Ivaí, e aproveitamos para tomar um café para esquentar. Ao sairmos sentido São João e posteriormente Ivaiporã, uma tremedeira tomou conta de mim. Não estava tão frio como quando saímos, só que a parada fez com que o corpo tivesse que se acostumar novamente com o vento frio que batia em minha roupa e os pés quase não paravam quietos nos pedais da moto.

Chegamos em Ivaiporã e acompanhei meu amigo até a casa dele. Fui ao banheiro e já parei em um posto para abastecer a moto e seguir caminho.

A partir daí, meu caminho se tornou uma viagem solitária. Seriam mais 300 kilômetros até Cascavel, e como eu não estava com muita pressa, programei 2 paradas para abastecimento. Até Engenheiro Beltrão, a estrada apesar de pequena, e sem acostamento em alguns trechos, estava muito boa e com pouco movimento. Era engraçado ver a reação das pessoas que eu encontrava pelo caminho, que ao verem uma moto carregada de mochilas abriam um largo sorriso e da sua maneira, saudavam a minha passagem, seja acenando, seja buzinando ou apenas um vago olhar acompanhando minha moto até que ela se transformasse em apenas um pequeno ponto na paisagem.


Parei em Campo Mourão para abastecer e comer alguma coisa. Aproveitei para ligar para minha irmã informando onde eu estava e que horas estava previsa a minha chegada.

Rodei mais uns 100 kilômetros e parei em um ponto de excursão em Ubiratã, abastecendo novamente a motoca e fazendo meu almoço por ali mesmo. Aproveitei para tirar algumas fotos na estrada, apoiando a cam em uma pedrinha, no alfalto.

Na estrada novamente, agora a próxima parada seria Cascavel, que depois de alguns meses, estaria de volta à terrinha que eu morei, antes de vir para Maringá-PR (há quase 10 anos).

Chegado ao destino, fui direto para a casa da minha irmã e logo em seguida, fui ver minha Mãe. A saudade era imensa e a melhor coisa ao vê-la foi receber aquele abraço gostoso de Mãe.

Passamos um bom tempo conversando e colocando as notícias em dia. Mais tarde fomos ao mercado e à casa de uma amiga dela para que eu mostrasse como salvar as fotos do Orkut e colocá-las em seu álbum. Dormi de sábado pra domingo na casa da minha irmã e no outro dia a Carla (minha irmã) fez um almoço bem gostoso e comprou um bolo, pra comemorarmos este dia tão especial.

Tiramos algumas fotos e logo tive que carregar novamente a Madonna (minha motoca). Como não queria viajar à noite, e nosso almoço atrasou porque acordamos tarde, nem deu tempo de saborear muito a comida. Apenas conversei um pouco com minha Mãe, fomos até no posto para comprar refrigerante e combinar o que faríamos a partir daquele dia (estou querendo abrir um negócio bem legal pra ela, que irá lhe garantir uma renda muito boa, a médio prazo).


Com a moto carregada, engraxei a corrente da moto e me despedi da minha Mãe e minha irmã, tomando o caminho de volta à Maringá-PR. Teria que passar em Ivaiporã novamente pra pegar o Cézar (meu amigo) e vir para casa.

Parei num posto BR, tradicional em Cascavel, para encher o tanque e fiquei empolgado com o preço da gasolina: R$ 2,08. Sabia que com o tanque cheio, conseguiria chegar tranquilamente em Campo Mourão, com uma certa sobra de combustível. Porém, antes mesmo de chegar em Mamborê, a moto apagou, e tive que posicionar a torneira para abrir a reserva da moto. Aquele maldito combustível barato fez com que caísse a média drasticamente, diminuindo a autonomia da moto em pelo menos 50Km. Por sorte, a quase pane seca se deu a poucos kilômetros de Mamborê, e mesmo na reserva, consegui chegar à um posto de gasolina que tinha alguns kilômetros à frente.

Enchi novamente o tanque e segui caminho. Parei para tirar algumas fotos, ao lado de algumas plantações que estavam começando a mostrar suas folhas. Ainda tinha na lembrança a cena do amanhecer do dia anterior e mediante à uma paisagem bela como aquela, não quis ficar com aquela mesma sensação de culpa que tivera um dia antes.


Subi na motoca ao sair da rodovia pedagiada, peguei novamente o caminho para Ivaiporã, em Engenheiro Beltrão. Passando por Quinta do Sol, senti meu ceular vibrar. Parei para atender e era o Cezar, sugerindo que eu o esperasse em São Pedro do Ivaí, pois ele viria ao meu encontro. Uns 30 minutos depois já estava no local marcado com ele.

Esperei um bom tempo e como ele não chegava, resolvi ir até o trevo para ver se encontrava com ele. Esperei mais um tempo no trevo e como o lugar era meio deserto, voltei para a cidade e o aguardei num posto da polícia rodoviária.
Assim que ele passou por mim, acenei e paramos logo à frente para abastecermos, pois a próxima parada seria somente em Maringá.

Pegamos a estrada de volta e a noite caiu rapidamente. Viajamos um bom trecho num breu total, pois a estrada mal tinha faixas pintadas, quem diria então aqueles "olhos de gato". Fui à frente, pois minha moto tem farol de milha e iluminava muito bem, mesmo naquele aslfalto escuro e sem faixas.

Chegando em Floresta, tivemos a infelicidade de ficar atrás de alguns caminhões carregados de cana (conhecido também como Treminhão, pois é uma carreta puxando 3 vagões carregados de cana). Era um trecho com poucos pontos de ultrapassagem e tinha carros atrás de nós, e também, vindo ao nosso encontro. Foram alguns kilômetros bastante desagradáveis, onde a atenção teve de ser tripicada, até que num certo ponto conseguimos ultrapassar os caminhões.

Logo em seguida chegamos na pista dupla, e já estávamos há pouco mais de 20km's de Maringá. O movimento na estrada estava intenso, porém, sem caminhões, apenas carros. Por isso ficamos o tempo todo na pista da direita para não complicar ainda mais o trânsito.

Chegamos em Maringá e passamos na casa da Janaína (minha namorada) para convidá-la para comer uma pizza com a gente. Como ela já tinha jantado, fomos eu e o Cezar em uma Pizzaria perto de casa para matar a fome e comemorar com uma cerveja bem gelada o nosso feito.

Foram quase 900Km rodados em 2 dias e esta viagem abriu precedentes para que nas próximas datas comemorativas, eu vá visitar meus parentes mais próximos.

Em Agosto, planejo fazer uma viagem de mais de 2.000Km's. Quero descer para Itapema-SC, passar o dia dos Pais com meu Pai, e depois extender até Carazinho-RS (ver meus Avós Paternos), passando por Garopaba-SC (para visitar meu Brother Dú) e descendo a Serra do Rio do Rastro (entre Lauro Muller e São Joaquim). Na volta, pretendo vir por dentro, passando em Francisco Beltrão-PR (visitar meus Tios e Primos), Laranjeiras do Sul-PR (visitar minha Vó materna, Tios e Primos) e também Cascavel-PR (ver minha Mãe novamente).

A Rota desta viagem está no Link abaixo:
Rota para o Dia dos Pais

Abraços a todos e Let's Ride!


domingo, 20 de abril de 2008

Almoço em Paranavai-PR

Fomos convidados a voltarmos para Paranavaí no dia 20 de Abril, para a comemoração do aniversário da filha do Cidão (Brother que fabrica Triciclos).



O Local:
Byzwka Motor Rock Bar


O Cardápio:
Porco no Tacho


Atrativos:
Estrada + Motos + Amigos + Rock'n Roll
(quer algo melhor do que isso?).


Claro que não ficaríamos fora desta! Nos reunimos às 11 da manhã no posto do Estância e saímos em um grupo de aproximadamente 10 motos e um Triciclo rumo à Paranavaí-PR, para mais esta confraternização entre irmãos motociclistas.


A Janaína (minha namorada) por conta própria se escalou para a viagem, o que pra mim foi uma alegria imensa, afinal, gosto quando ela está junto em minhas viagens.


Aproveitamos que o trânsito estava muito tranquilo e tiramos muitas fotos na estrada. Foi uma das viagens mais tranquilas que fiz até hoje, porém não menos empolgante que as demais.

É muito bom rodar em um grupo onde existe entrosamento, companheirismo e principalmente cumplicidade. Se um precisa parar, param todos! Se um precisa de auxílio, todos estão prontos a prestar qualquer tipo de socorro ou assistência.

Chegamos em Paranavaí logo após o meio-dia e nos dirigimos diretamente ao Byzwka Motor Rock Bar. Chegando lá, cumprimentamos os irmãos motociclistas, amigos de longa data e fomos saborear o prato do dia.



Passamos praticamente a tarde inteira por lá, ouvindo um bom Rock, conversando com amigos e também aproveitei a oportunidade e comprei um colete em lona e mais alguns botons e bordados para colar no colete.

Tiramos algumas fotos, pois como sempre, estacionam motos e triciclos muito descolados em frente ao Bar.


Por volta das 17:30 começamos a nos mexer para retornar à Maringá. Pegamos a estrada em um grupo menor do que fomos, pois alguns amigos resolveram extender um pouco sua estadia por lá, voltando apenas mais tarde. Como não gosto de viajar à noite, resolvi voltar com o primeiro grupo.

Pegamos a estrada de volta e tudo correu muito bem. Boa velocidade de cruzeiro, um certo movimento na estrada, mas nada que pudesse atrapalhar o prazer de rodar e curtir o vento no rosto.

Chegamos em Maringá e fomos para a casa da Janaína. Deixei ela lá e fui pra casa tomar um banho e colar os bordados no colete.

Um final de semana ao melhor estilo Weekend Rider: pegar a motoca, colocar a namorada da garupa e sair para a estrada acompanhados de amigos rumo à um bar feito para motociclistas.

Agora é só esperar pelo próximo convite do nosso amigo Byzwka, afinal, Paranavaí já é destino certo para quem quiser curtir horas agradáveis ao lado de amigos e num ambiente que é a sua cara.

Abraços e Let's Ride!!!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Salto Bandeirantes

Era pra ser um final de semana sem passeio. Porém a vontade de rodar fez com que eu saísse no domingo de manhã (dia 06 de Março de 2008), às 10:30 rumo à cidade de Santa Fé-PR. Meu destino seria o Salto Bandeirantes, onde eu pretendia dar um mergulho e tomar um banho de cachoeira.

Segui sozinho e logo na saída percebi que teria muito tráfego pela frente (principalmente por ser um domingo de manhã). Segui até Iguaraçu o tempo todo atrás de caminhões.

É ruim você ficar atrás de veículos pesados, pois o deslocamento de ar faz com que a moto fique balançando muito e assim, torna a viagem um tanto desconfortável, pois a atenção tem de ser redobrada.

Antes do trevo que iria entrar para Santa Fé, parei no posto da Polícia Rodoviária para perguntar o caminho certo para o Salto Bandeirantes. Após obter as cordenadas, peguei a estrada de novo e desta vez pude rodar praticamente sozinho no asfalto. No trecho Iguaraçu – Santa Fé encontrei muito pouco movimento (quase nada) e como é de costume, relaxei e curti o barulho do motor, o asfalto passando rápido e a paisagem ao longe. Não me canso de fazer isso (rs).

Cheguei em Santa Fé e logo encontrei o trevo e posteriormente a entrada do recanto.

Apenas um detalhe que eu não havia me atentado: Teria um bom trecho de estrada de chão. Não que a Motoka não consiga rodar, é que no dia anterior eu dei um trato tão caprichado nela, que fiquei com uma tremenda dó de colocá-la naquelas estradas de terra. Mas, como já estava lá, deixei o preciosismo de lado e entrei sem peso na consciência rumo ao recanto.


Fui devagar, afinal, eu estava em cima de uma moto Custom e não em cima de uma Trail. Chegei na portaria e tive que desembolsar R$15,00 para entrar. Fiquei um pouco chateado, pois apenas daria uma volta pra conhecer e logo retornaria.

Porém, como meu objetivo inicial era um bom de um mergulho e um banho de cachoeira, deixei pra trás o pensamento de ter sujado toda a moto e de ter deixado meu dinheiro com o porteiro e fui rumo ao que eu estava proposto à fazer.


Entrei no local e me surpreendi com a infra-estrutura. Tudo muito limpo, com banheiros, chuveiros, restaurante, sorveteria, seguranças, área de camping, campo de futebol, quiosques, palco, piscinas, enfim: tudo o que poderiam ter feito naquele lugar, eles fizeram. Me perguntava: como eu posso morar há 10 anos em Maringá e ainda não ter conhecido um lugar desses, que é tão perto e tão bacana.

Dei um bom de um mergulho e fiquei um tempo na água. Depois, tirei umas fotos com meu celular (me arrependi de não ter levado a Isadora para fotografar. Isadora=Cam da Janaína) e por fim, aquele gostoso banho de cachoeira.


Antes de vir embora, ainda dei uma volta no local e fui conhecer a Cachoeira maior, onde passa o rio. É uma correnteza bem forte por isso, não deu muita vontade de entrar. Além do mais, eu estava sozinho e se eu escorregasse, ou algo parecido, poderia acontecer de eu nem estar hoje aqui escrevendo este relato. Então, prudência muitas vezes é melhor do que uma aventura mal executada.

Na saída, conversei com o responsável pela portaria (que não era o mesmo que me cobrou R$15,00 para entrar). Eu disse que tinha apenas dado uma volta e que viria em outra oportunidade para acampar e passar mais tempo alí. Ele perguntou quanto eu tinha pago pra entrar, e logo que respondi ele me devolveu o dinheiro dizendo que não precisava ter pago, afinal eu nem tinha ficado muito tempo lá. Não precisa nem dizer que saí de lá muito satisfeito, né?

Após isso, peguei a estrada de volta para Maringá. De Santa Fé até Iguaraçu, a estrada é muito gostosa de se rodar. Tem muitos campos de plantações, muitos vales, alguns lugares com bastante árvores que acompanham o asfalto, enfim. Para uma viagem curta e só, tava de bom tamanho.

Tive apenas um susto na volta: um cachorro maldito me atravessou a frente, no asfalto. Como moto não é tão precisa assim em freadas bruscas, da até pra imaginar o susto que eu passei. Felizmente, estava em uma velocidade moderada (não estava correndo muito) e com os sustos anteriores em outras viagens, tirei essa de letra. Fui reduzindo gradativamente, utilizando os dois freios da moto (muito bem divididos: 30% no dianteiro e 70% no traseiro).

Passei pelo maldito cão, mandando ele pra PQP, e vim pra casa numa boa. Parece bobeira, mas vocês não fazem idéia do poder que um banho de cachoeira antes de iniciar uma nova semana. É como se as baterias fossem todas totalmente carregadas.

Cheguei em Maringá perto das 13:00 hrs e ainda consegui curtir o restante do domingo ao lado da namorada.

Com baterias carregadas, que venha a semana e torço para que os dias passem rápido para que novamente eu possa pegar a estrada com minha Motoca.

Let’s Ride!!!

domingo, 6 de abril de 2008

Motoencontro em Rolândia


Esta viagem estava sendo aguardada há muito tempo. Tínhamos um encontro para ir na cidade de Rolândia-PR (dia 30 de Março de 2008), uns 70Km de Maringá. E desta vez, ao contrário das viagens anterirores, tive companhia: Sim, a Janaína finalmente tomou coragem e quis ir comigo. Ela tem muito medo de moto, mas como íamos num grupo grande, inclusive com várias esposas e namoradas acompanhando os brother, ela resolveu ir também.


A saída estava marcada para às 09:30 no posto da Av. Colombo com a Av. Paraná. Porém, como sempre atrasa, desta vez eu também cheguei um pouco atrasado. Chegamos no posto por volta das 10:15, estacionei minha moto e já de cara, muitos rostos conhecidos (ao contrário de outras vezes). Comprimentei o Lídio, Marcão, Ali, Rodrigo, além de outros companheiros de estrada, e aproveitei e apresentei a Janaína à todos.

Mais tarde chegou o Zé Carlos e a Bruna e um bom tempo depois o Maurício e a Dí. Como estávamos esperando pelo Maurício, um grupo já tinha saído, e nós acabamos saindo uns 20 minutos depois.

Tomei um certo cuidado pra ver como a Janaína se comportava, se ela ficaria muito tensa na garupa da moto, mas ao contrário do que imaginava ela até curtiu e aproveitou a viagem. O único momento desagradável da viagem foi que desta vez, quem levou uma pedrada no joelho foi ela.



No mais, seguimos numa boa e quando passamos pelo pedágio próximo à Rolândia, encontramos o Grupo que havia saído antes de nós. Uma das motos havia dado problema na bateria e o Zé (como sempre) deu um jeitinho de resolver. Aproveitamos pra tirar algumas fotos e seguimos viagem. Chegando em Rolândia e muitas motos foram juntando ao nosso grupo na entrada da cidade, formando um verdadeiro comboio. Entramos no parque de exposição e logo tratei de achar um lugarzinho pra Madonna descansar.

Como era perto do meio dia, já fui pegar algo pra beber e também comemos um pastel (um tanto gorduroso). Resolvemos não almoçar por lá, pois a Mãe da Janaína estava fazendo feijoada e se a gente saísse cedo de volta, ainda pegaríamos o almoço nas panelas.

O encontro foi muito legal, com muitas motos diferentes, customizadas, bastante triciclos e também com uma galera muito descolada. Tinha vários motoclubes presentes, barracas com acessórios para motos e uma banda muito boa tocando.

Não ficamos muito tempo lá, apenas o suficiente pra conhecer gente nova, ver as motos, conversar um pouco com nossos amigos de Maringá e tirar fotos (óbvio). Encontrei até o Edmilson e seu filho (Rafael) no encontro. Apresentei ele pra galera de Maringá e ficamos um bom tempo conversando por lá.

Antes de ir embora, comprei uma camiseta do evento e fiz o propósito de em cada lugar que for, eu trazer alguma lembrança. Assim, depois de um certo tempo, terei muita coisa legal pra mostrar para meus filhos e por que não dizer, recordar do tempo em que a gente saía pra essas viagens.

Já era quase 2 horas da tarde e reolvemos reunir um grupo para pegar a estrada de volta. Alguns dos que vieram conosco ficaram mais um tempo e voltaram somente mais tarde. Na volta, boa parte do caminho eu vim à frente, liderando o Grupo, até mesmo pra sentir se já estaria preparado para assumir tal tarefa quando rodasse com um pessoal mais inexperiente. Foi muito tranquilo e acredito que cumpri bem o meu papel. Sinalizei quando foi preciso, sempre tive o cuidado de ver se a última moto do grupo estava no meu retrovisor e determinei uma velocidade de cruzeiro que fosse compatível com todas as motos que estavam em meu Grupo.

Chegando em Marialva, deixei a frente do Grupo e passei a andar no meio. É engraçado, mas parece que existe uma linguagem universal entre motociclistas. Em poucos sinais, a formação, ultrapassagens, troca de posições, tudo é feito rapidamente e sem maiores problemas.


Chegamos em Maringá, me despedi do pessoal (através de sinais) e fomos pra casa da Janaína. Almoçamos e fui pra casa tomar um banho e descansar um pouco.

Desta vez foi um passeio diferente, pois além de estar acompanhado, percebi que a Janaína se adaptou rápido ao meio e aos novos amigos. Posso dizer que foi muito bom ter ido acompanhado. Assim, já vamos treinando e nos adaptando a viajar juntos, pois futuramente 2 destinos são tidos como certo: Uma Viagem ao Chile (pela Cordilheira dos Andes) e também pretendemos fazer a Rota 66 (nos EUA) em cima de uma Harley.

Enquanto este dia não chega, vamos rodando por perto mesmo e acumulando experiência, pra quando chegar a hora, estarmos preparado para estas duas grandes aventuras.

Abraços a todos e "Let's Ride!!!"

terça-feira, 1 de abril de 2008

Byzwka Moto Rock Bar

Lembro que estava escrito no cartaz do encontro: "Os bons tempos voltaram!"

Não não tinha conseguido ir no encontro passado, esperava por uma nova oportunidade de conhecer o Bar do Byzwka. E lá estou eu, de novo, no telefone procurando alguém pra ir junto para Paranavaí-PR.

Chegou o sábado (15 de Março de 2008) e ainda não havia encontrado nenhum parceiro de estrada que pudesse ir. Já tinha desistido da viagem, e pra não passar o final de semana em branco resolvi dar uma volta com a Madonna pela cidade mesmo.

Foi quando passando pelo posto do Estância, vi um grupo de motociclistas estacionados. Fui até eles e vi que o Ali estava com o Grupo. Como já estavam de saída, falei para irem na frente que eu encontrava com eles lá, pois ainda teria que passar em casa pra colocar uma calça e pegar minha jaqueta de couro.

Fui pra casa rapidinho, carreguei os alforges com meu "Kit de Sobrevivência" (Jaqueta de Couro, Roupa impermeável para chuva, luvas, polainas e é claro, a Isadora, Cam da Janaína, mas que eu uso com freqüência).

Passei no posto abastecer e segui sozinho para Paranavaí. Era a primeira vez que eu pegava a estrada sozinho, mas como era de dia e eu já estava um pouco habituado com viagens de moto, saí sem receio algum.

Viajar sozinho também é legal. Tem horas que é só você e a estrada. É um ótimo momento para pensar na vida, nos amigos, familiares, refletir sobre suas atitudes e por que não dizer "Conversar um pouco com Deus". Depois desta viagem solitária (trecho de ida), penso que deveria fazer isto mais vezes.

Também aproveitei para testar um pouco como estava o motor da minha motoca. Já que a estrada estava boa, não tinha muito movimento, e alguns trechos são em pista dupla, andei na média de 120-130 Km/h. Acreditem: minha Viraguinho consegue manter esta velocidade facilmente. O segredo? Talvez seja pelo fato de eu ter trocado a coroa, de 45 para uma de 40 dentes, deixando as marchas mais longas e fazendo com que o motor trabalhasse com folga, mesmo acima dos 110Km/h.

Foi engraçado, porque tinha um Vectra que estava tentando me alcançar, e ele simplismente não chegava. Pra não deixar o cara irritado, tirei um pouco a mão do acelerador e dei passagem em um trecho de pista dupla. Quando passaram por mim, todos ficaram olhando com um certo ar de curiosidade.

Cheguei numa boa em Paranavaí e ao entrar na cidade, um fato curioso. Parei em um sinal vermelho e um carro parou logo atrás de mim. Só escutei o barulho de pneu cantando e um barulho alto indicando que houvera uma forte batida. Não é que uma mulher não viu o semáforo e encheu a traseira do carro que estava parado atrás de mim? Fiquei pensando: se este carro não estivesse alí, seria eu. Que coisa, hein? (rs)

Mas tudo bem, cheguei em frente ao Bar e mesmo sem conhecer ninguém já me senti em casa. Um bando de motociclistas de final de semana (assim como eu), com suas motos paradas nos dois lados da rua, na quadra toda praticamente.


Logo ao descer da motoka, um cara gordinho já ofereceu um espaço para eu estacionar e quis tirar uma onda comigo dizendo que o estacionamento era R$10,00. Mais tarde, conheci a figura: um indivíduo antológico, sempre presente nos encontros de motociclistas da região e conhecido como "Bolinha" (de Cianorte). O cara era mesmo uma figura.

Entrei no bar e já vi o Ali. Ele me recepcionou e disse pra eu ficar à vontade, que tinha banda tocando, loja de artigos para motociclistas, espetinho, cerveja, etc.

Sabe aquelas cenas de filme? Um bando de caras tatuados, barbudos, com roupas de couro e muito Rock N'Roll tocando. Fui entrando no bar e logo vi nas paredes um monte de cartazes, fotos e discos pendurados na parede e no teto. Ao lado de onde a banda tocava, acreditem: tinha uma cadeira elétrica (rs).


Cara, o Byzwka Moto Rock Bar era mesmo aquilo que a galera falava: um lugar que parece existir só em filmes. E tantas coisas que há muito tempo eu não via (e não ouvia), tive a oportunidade de presenciar. Na hora lembrei da frase do cartaz e tive que concordar.

Tomei algumas cervejas, comi um espetinho e curti um som legal que a banda estava tocando. Aproveitei para tirar algumas fotos e filmar alguns trechos de música. Rock'n Roll puro!!!

Antes de ir embora, comprei alguns adereços para incrementar o meu visual de Motociclista Rebelde (rs): um lenço com uma caveira estampada, uma camiseta com estampa de uma asa com as escritas "Moto Custom", uma bandana com o logo da Harley, um chapéu com Caveira e um Boton, e uma camiseta da Harley para a Janaína (claro que tinha que levar alguma coisa pra minha amada, né).

Aproveitei e troquei uma idéia com o Byzwka e ficamos de conversar pra eu montar um site para a loja dele. O cara é super gente boa e no próximo encontro que tiver lá, já garanti que estarei presente.

Para ir embora, esperei o pessoal de Maringá se reunir, para eu voltar com eles. Tive a oportunidade de conhecer o Marcão (brother que sempre tá rodando com a galera), o Lídio (cara gente fina também) e mais um casal que não me recordo o nome (ou não fui apresentado formalmente, não lembro).

Liguei para a Janaína e ela disse que a gente deveria vir logo para Maringá, pois estava formando um temporal nas proximidades. Olhei para o céu (em Paranavaí) e estava tudo azul. Pensei que talvez pegássemos essa chuva chegando em Maringá, ou até mesmo ela desviasse, como aconteceu na viagem da semana anterior, voltando de Cianorte.

Saímos do bar, passamos no posto abastecer as motos e o grupo seguiu de volta para Maringá. Logo na saída, um pequeno imprevisto na minha moto: o farol traseiro apagou. Acendia apenas quando eu freiava. O Marcão logo percebeu e ficou o tempo todo atrás de mim, para sinalizar para os carros que tinha um grupo de motociclistas à frente. O cara foi parceiro pra caramba.

Voltamos e já durante a noite, no meio do caminho, os relâmpagos começaram a rasgar o céu, indicando que algo bom não estava à nossa frente. Pouco tempo depois começaram os fortes ventos e dava pra ver durante o clarão dos relâmpagos, o quanto as copas das árvores estavam inclinadas por causa do vento.

Agora a única coisa que tínhamos a fazer é nos concentrar na estrada e pilotar com cautela, para chegar com segurança em Maringá. Mas, o que não queríamos aconteceu: caiu um "pé d'água" que parecia mais chuva de granizo. Passando por Mandaguaçú a chuva engrossou ainda mais e como estávamos perto, ninguém fez sinal pra parar, mesmo porque pela intensidade que estava o temporal, achamos que não passaria tão rápido assim. Viemos debaixo de muita chuva, com velocidade um pouco reduzida para não correr riscos.

Chegando em Maringá, sinalizei para os companheiros (agradecendo e me despedindo) e tomei o rumo para a casa da Janaína. Ela estava em uma pizzaria quase em frente à casa dela, com o Pai e com a Mãe dela. Mostrei pra eles o que tinha comprado lá e dei a camiseta da Harley para ela.

Comi uma porção de batata frita, conversei um pouco com eles e fui pra casa para tomar um banho e tirar a roupa molhada.

Foi uma viagem que valeu à pena por vários motivos: ter rodado sozinho e refletido um pouco sobre minha vida, ter conhecido uma galera bacana e descolada, e também por saber que existe um "oásis no deserto", um lugar que será o meu refúgio quando eu quiser desligar um pouco do meu mundo e adentrar no universo que para muitos só existe em filmes e histórias de pessoas que já passaram por estes lugares.

Agora é só esperar por outro encontro lá no Byzwka Moto Rock Bar, afinal, "Os Bons Tempos Voltaram!"

segunda-feira, 31 de março de 2008

Almoço em Cianorte

No último dia 09 (Março/2008), fomos até Cianorte-PR, para o almoço de lançamento do encontro internacional, que será em Maio de 2008. Mais uma vez, esperei a semana toda pra poder pegar a estrada com minha motoca.

Liguei para o Maurício no meio da semana e infelizmente ele disse que não poderia ir, mas que o Zé Carlos e outras pessoas provavelmente iriam.

Desta vez o ponto de encontro era o posto da Catedral. No dia e horário marcados, eu estava lá (Domingo, dia 09 de Março de 2008, 10:00hrs). Porém, o Zé Carlos havia me informado que o povo que iria sair de lá, gostam de dar uma boa de uma pisada (leia-se: correr muito na estrada).

Cheguei no posto e como não conhecia ninguém, encostei minha modesta Viraguinho (tinha muita moto grande lá), atrás de um carro, e fiquei esperando pra ver se chegava algum conhecido.

Eles partiram e eu fiquei pra trás, esperando pra ver se alguém conhecido iria aparecer. Como ninguém apareceu, peguei o telefone e liguei para o Zé Carlos. Ele disse que estavam tentando fazer a moto de um amigo deles pegar, pois tinha arriado a bateria. E falaram para eu ir lá em frente a casa do Zé.

Cheguei lá e estavam: o Zé Carlos, o Maurício (aguado de vontade de ir junto, mas não podia) e o Rodrigo (outro Brother gente finíssima). Saímos da casa do Zé e passamos no posto em frente a Capela Santa Cruz, onde Rogério (com sua Digníssima) e mais um Brother (não lembro o nome) foram junto com a gente. Contamos ainda com um carro de apoio desta vez (Primo do Rodrigo). Foi uma viagem muito tranquila, sem nenhum susto desta vez, porém não menos emocionante, pois quando se está na estrada, a sensação de liberdade é a melhor sensação em uma viagem de moto. Chegamos por volta de meio-dia em Cianorte. Assim que entramos no Parque de Exposições, fomos almoçar. O almoço estava muito bom, pena que estava muito quente e abafado dentro do pavilhão.

Almoçamos e fomos para o lado de fora, pra ver as motos. Tinha algumas Harley's que são o sonho de consumo de qualquer motociclista (como a FatBoy e a Heritage). Tinha também alguns Triciclos muito legais. Ficamos do lado de fora conversando e chegou um velho conhecido meu: o Emerson (que foi meu Professor na Faculdade Maringá). Também fui apresentado ao Ali (Brother gente boa que sempre tá rodando com a galera) e também para o Byzwka (que tem o Moto Rock Bar lá em Paranavaí).

Não tinha muita coisa pra fazer lá, mais o almoço mesmo. Tinha uma banda tocando e após tirar algumas fotos, já retornamos para Maringá. O legal mesmo dessas viagens é justamente a estrada, e não o destino final. A melhor hora não é quando se chega em algum lugar, mas sim quando se está em cima da motoca, ouvindo o barulho do motor e apreciando a paisagem.

Voltamos o tempo começou a fechar, quando estávamos chegando em Doutor Camargo. Por sorte, o temporal que estava no céu, passou do nosso lado e pegamos muita pouca chuva na volta.

Chegamos em Maringá e cada um foi para sua casa, já trocando informações de qual seria o próximo passeio.

Mais uma vez fez-se o esperado e o sorriso no rosto confirmara que o domingo passado na estrada tinha valido a pena.




domingo, 30 de março de 2008

Agora com um Motoclube

Após a primeira viagem, fiquei um tempo procurando por parceiros de viagem, mas sem sucesso. Até que pesquisando por Motoclubes no Orkut, cheguei à um cara chamado Maurício, integrante dos Dragões da Liberdade MC. Ele foi muito atencioso e receptivo. Trocamos informações pelo MSN e por telefone e ficamos de pegar a estrada assim que o pessoal do motoclube saísse para algum passeio.

Teve um convite para ir para Paranavaí no final do ano (2007), num bar temático (Byzwka Rock Moto Bar), porém tive um pequeno contratempo com minha moto e tive que ficar só na vontade mesmo.

Passado algum tempo, conversei novamente com o Maurício e conseguimos combinar para irmos em um encontro em Porecatú-PR. Novamente, no dia e horário marcado, lá estava eu: 01 de Março de 2008, às 15:00hrs no posto da Av. Colombo com a Av. São Paulo.

Aos poucos foi chegando o pessoal: primeiro o Zé Carlos (pensa num brother gente fina) com sua filha (Bruna). Depois chegou o Eduardo (Dú) e sua noiva (Paula) e por último, finalmente conheci pessoalmente o cara que deu a oportunidade de participar dos moto-encontros e conhecer muita gente bacana: Maurício (e sua Esposa Dí).

Fechado o quarteto de motos, saímos em direção à Porecatu. Como nunca tinha rodado com eles, fiquei na rabeira do grupo, pra conhecer como eles pilotavam, quais eram os sinais com os quais eles se comunicavam na estrada.

Fizemos uma parada rápida em Astorga-PR para o Eduardo fazer um pequeno ajuste em seu freio e logo pegamos a estrada novamente.

Tudo ia tranqüilo quando um sinal mal interpretado quase faz com que a viagem acabe por ali mesmo. Ao tentar ultrapassar um caminhão, o Zé fez o sinal dizendo que duas motos poderiam passar apenas (a do Maurício e a do Zé), porém o Eduardo, que vinha em terceiro, entendeu que eram 2 caminhões à frente e tirou para ultrapassar. Como eu vinha em último, fiquei com receio e não quis ultrapassar. Foi a melhor coisa que eu fiz, porque quando o Eduardo tirou a moto de lado, quase deu de frente com um carro que vinha na direção contrária. Até eu que estava em uma certa distância deles, levei um baita susto.

Já perto de Porecatu, a esposa do Maurício (Dí) estava ficando cansada e eles resolveram parar. Foi então onde tivemos o segundo grande susto. Eles ultrapassaram um caminhão embalado na descida e resolveram parar logo em seguida. Como eu estava por último no Grupo, ultrapassei o caminhão em alta velocidade e logo em seguida vi eles parando. Fui reduzir para parar no acostamento, quando ouvi uma buzina e vi uma carreta carregada crescendo no meu retrovisor. Tive que acelerar, para não virar pastel no asfalto, ao mesmo tempo que tirei para o acostamento. Como não daria tempo para frear, por sorte achei uma entrada para uma estrada de chão e cortei para este caminho nuns 80Km/h. Quando o pessoal viu o caminhão passando em alta velocidade por eles (já parados), ficaram me procurando. Para surpresa de todos, eu estava quase uns 50m à frente, numa estrada de chão, paralela à rodovia. Todos riram, mas depois eu expliquei que se não tivesse a estrada, eu teria feito um Strike nas motos paradas.

Passado o segundo susto (e último, graças à Deus), voltamos para a estrada e chegamos logo em seguida em Porecatu. O encontro não estava legal. Tinha algumas barracas e um pessoal fazendo manobras com moto, nada mais.

Comemos um salgado, tomamos alguma cervejas e resolvemos voltar. Antes de sairmos, o Maurício pediu para eu levar a sua esposa na minha garupa, pois o banco da moto dele estava deixando ela muito cansada.

Saímos de Porecatu já de noite e a viagem de volta foi bem mais tranqüila do que a de ida. Paramos em Astorga novamente na volta, em uma Pizzaria, mas só pra tomar uma caipirinha.

Chegamos em Maringá e aí sim fomos em uma Pizzaria para jantar. Passei antes pegar a Janaína, para que ela conhecesse o pessoal do Motoclube.

Nos despedimos e já ficamos marcados de irmos no próximo domingo para Cianorte, no almoço de lançamento do Encontro que será em Maio.

Agora com novos amigos (todos muito gente-boa) e participando de um Motoclube, tive a plena certeza de que meus finais de semana não seriam mais os mesmos.



quinta-feira, 27 de março de 2008

A Primeira vez é inesquecível

Após comprar a motoca, faltava fazer o óbvio: pegar a estrada com ela.

A convite do Rodrigo, antigo proprietário da Madonna (sim, ela tem um nome), combinamos de fazer uma viagem curta, até Mauá da Serra-PR. Seriam 120km's para conhecer o que é rodar de moto em uma rodovia.

Durante toda a semana, tentamos recrutar amigos para o passeio, porém quase todos nos deram uma resposta negativa, exceto o Edmilson (Amigo de longa data, e o responsável por eu estar em Maringá hoje). Como ele (Edmilson) mora em Apucarana, combinamos de encontrá-lo no trevo de sua cidade, uma vez que é caminho.

Eram 6:30hrs da manhã do domingo, dia 11/Novembro/2007, quando saímos de Maringá rumo à Mauá da Serra. Logo no início, aquela insegurança, de como a moto iria se comportar em uma velocidade acima de 100km/h. Td bem que ela estava equipada com Bolha (Parabrisa Dianteiro, que ajuda a desviar o vento) e eu também estava com roupas adequadas, para proteger do vento e do frio.

Passamos por Sarandi e Marialva e logo em Mandaguari fizemos uma parada para o Rodrigo passar no caixa eletrônico e sacar dinheiro, pois ele seguiria viagem até Curitiba. Saímos de lá e deixamos a pista dupla do trecho Maringá-Londrina para entrar em rodovia de pista simples, onde logo nos primeiros kilômetros, conheci o que era passar a 110Km/h por um caminhão carregado e em alta velocidade.

O susto foi tão grande que parece que o Piloto Automático entrou em ação (leia-se: Meu Anjo da Guarda). A moto chacoalhou toda e o tapa que levei do vento foi como se eu tivesse levado uma sarrafada no peito.

Passado o susto, comecei a me concentrar na estrada e ganhar confiança. Como o Rodrigo estava com uma esportiva de 900cc, tive que "tirar água de pedra" para poder acompanhá-lo. Chegando em Apucarana, encontramos com o Edmilson e ele passou a nos acompanhar até Mauá da Serra.

Passado os primeiros 80km's, posso dizer que comecei a curtir a viagem. Foi como ter feito a travessia do medo para o prazer. Não esqueço do momento que olhei à direita e vi o Horizonte ao longe, ao mesmo tempo que o asfalto passava rápido por baixo de mim. Realmente, estava descobrindo o que viria a tornar o meu vício, minha válvula de escape.

Quando você está na estrada, dá pra sentir o cheiro das plantações de café, o cheiro do chão molhado, as brisas geladas nos lugares mais baixos. Uma sensação incrível, que só quando se está de moto você consegue sentir.

Passando por Califórnia-PR, as pessoas olhavam com curiosidade para nós. Não sei por quê, mas quando um Grupo de Motociclistas passa por um lugar, chama a atenção das pessoas.

Finalmente, uma hora e 20 minutos depois, chegamos em Mauá da Serra e fomos tomar um café da manhã na Holandeza (Restaurante beira de estrada muito conhecido na região). Pedi um suco de laranja e um baurú (com pão caseiro e queijo de colônia). Aproveitei para comprar uns docinhos caseiros e outras gulosemas pra levar para a Janaína e pra família dela.

Carreguei os alforges e tiramos algumas fotos antes de partir. O Rodrigo seguiu viagem enquanto Eu e o Edmilson iniciamos nossa volta para Maringá (ele me acompanhou até aqui).

No caminho de volta foi tudo tranquilo, exceto pela dor, no momento em que um caminhão que estava à minha frente levantou uma pedra no asfalto e fez com que a pedra acertasse em cheio minha canela. Que vontade de chorar!!! (rs)


Fora isto, deu pra aproveitar cada Km da viagem, cada paisagem, cada aroma de plantação. O asfalto passando rápido embaixo dos meus pés, a paisagem ao longe, e a sensação de liberdade, são coisas que por mais que eu me esforçe, não conseguirei descrever.

Chegamos em Maringá e logo o Edmilson teve que voltar pra Apucarana, pois a filha dele ligou, dizendo que estava indo visitá-lo. Levei os docinhos para a Janaína e voltei pra casa para um bom e relaxante banho.

Um domingo que para muitos seria um dia perdido, pra mim foi um dia perfeito.


E a combinação "Moto e Estrada" finalmente passou a ter um significado diferente para mim.


Foto: Edmilson Molinari