segunda-feira, 31 de março de 2008

Almoço em Cianorte

No último dia 09 (Março/2008), fomos até Cianorte-PR, para o almoço de lançamento do encontro internacional, que será em Maio de 2008. Mais uma vez, esperei a semana toda pra poder pegar a estrada com minha motoca.

Liguei para o Maurício no meio da semana e infelizmente ele disse que não poderia ir, mas que o Zé Carlos e outras pessoas provavelmente iriam.

Desta vez o ponto de encontro era o posto da Catedral. No dia e horário marcados, eu estava lá (Domingo, dia 09 de Março de 2008, 10:00hrs). Porém, o Zé Carlos havia me informado que o povo que iria sair de lá, gostam de dar uma boa de uma pisada (leia-se: correr muito na estrada).

Cheguei no posto e como não conhecia ninguém, encostei minha modesta Viraguinho (tinha muita moto grande lá), atrás de um carro, e fiquei esperando pra ver se chegava algum conhecido.

Eles partiram e eu fiquei pra trás, esperando pra ver se alguém conhecido iria aparecer. Como ninguém apareceu, peguei o telefone e liguei para o Zé Carlos. Ele disse que estavam tentando fazer a moto de um amigo deles pegar, pois tinha arriado a bateria. E falaram para eu ir lá em frente a casa do Zé.

Cheguei lá e estavam: o Zé Carlos, o Maurício (aguado de vontade de ir junto, mas não podia) e o Rodrigo (outro Brother gente finíssima). Saímos da casa do Zé e passamos no posto em frente a Capela Santa Cruz, onde Rogério (com sua Digníssima) e mais um Brother (não lembro o nome) foram junto com a gente. Contamos ainda com um carro de apoio desta vez (Primo do Rodrigo). Foi uma viagem muito tranquila, sem nenhum susto desta vez, porém não menos emocionante, pois quando se está na estrada, a sensação de liberdade é a melhor sensação em uma viagem de moto. Chegamos por volta de meio-dia em Cianorte. Assim que entramos no Parque de Exposições, fomos almoçar. O almoço estava muito bom, pena que estava muito quente e abafado dentro do pavilhão.

Almoçamos e fomos para o lado de fora, pra ver as motos. Tinha algumas Harley's que são o sonho de consumo de qualquer motociclista (como a FatBoy e a Heritage). Tinha também alguns Triciclos muito legais. Ficamos do lado de fora conversando e chegou um velho conhecido meu: o Emerson (que foi meu Professor na Faculdade Maringá). Também fui apresentado ao Ali (Brother gente boa que sempre tá rodando com a galera) e também para o Byzwka (que tem o Moto Rock Bar lá em Paranavaí).

Não tinha muita coisa pra fazer lá, mais o almoço mesmo. Tinha uma banda tocando e após tirar algumas fotos, já retornamos para Maringá. O legal mesmo dessas viagens é justamente a estrada, e não o destino final. A melhor hora não é quando se chega em algum lugar, mas sim quando se está em cima da motoca, ouvindo o barulho do motor e apreciando a paisagem.

Voltamos o tempo começou a fechar, quando estávamos chegando em Doutor Camargo. Por sorte, o temporal que estava no céu, passou do nosso lado e pegamos muita pouca chuva na volta.

Chegamos em Maringá e cada um foi para sua casa, já trocando informações de qual seria o próximo passeio.

Mais uma vez fez-se o esperado e o sorriso no rosto confirmara que o domingo passado na estrada tinha valido a pena.




domingo, 30 de março de 2008

Agora com um Motoclube

Após a primeira viagem, fiquei um tempo procurando por parceiros de viagem, mas sem sucesso. Até que pesquisando por Motoclubes no Orkut, cheguei à um cara chamado Maurício, integrante dos Dragões da Liberdade MC. Ele foi muito atencioso e receptivo. Trocamos informações pelo MSN e por telefone e ficamos de pegar a estrada assim que o pessoal do motoclube saísse para algum passeio.

Teve um convite para ir para Paranavaí no final do ano (2007), num bar temático (Byzwka Rock Moto Bar), porém tive um pequeno contratempo com minha moto e tive que ficar só na vontade mesmo.

Passado algum tempo, conversei novamente com o Maurício e conseguimos combinar para irmos em um encontro em Porecatú-PR. Novamente, no dia e horário marcado, lá estava eu: 01 de Março de 2008, às 15:00hrs no posto da Av. Colombo com a Av. São Paulo.

Aos poucos foi chegando o pessoal: primeiro o Zé Carlos (pensa num brother gente fina) com sua filha (Bruna). Depois chegou o Eduardo (Dú) e sua noiva (Paula) e por último, finalmente conheci pessoalmente o cara que deu a oportunidade de participar dos moto-encontros e conhecer muita gente bacana: Maurício (e sua Esposa Dí).

Fechado o quarteto de motos, saímos em direção à Porecatu. Como nunca tinha rodado com eles, fiquei na rabeira do grupo, pra conhecer como eles pilotavam, quais eram os sinais com os quais eles se comunicavam na estrada.

Fizemos uma parada rápida em Astorga-PR para o Eduardo fazer um pequeno ajuste em seu freio e logo pegamos a estrada novamente.

Tudo ia tranqüilo quando um sinal mal interpretado quase faz com que a viagem acabe por ali mesmo. Ao tentar ultrapassar um caminhão, o Zé fez o sinal dizendo que duas motos poderiam passar apenas (a do Maurício e a do Zé), porém o Eduardo, que vinha em terceiro, entendeu que eram 2 caminhões à frente e tirou para ultrapassar. Como eu vinha em último, fiquei com receio e não quis ultrapassar. Foi a melhor coisa que eu fiz, porque quando o Eduardo tirou a moto de lado, quase deu de frente com um carro que vinha na direção contrária. Até eu que estava em uma certa distância deles, levei um baita susto.

Já perto de Porecatu, a esposa do Maurício (Dí) estava ficando cansada e eles resolveram parar. Foi então onde tivemos o segundo grande susto. Eles ultrapassaram um caminhão embalado na descida e resolveram parar logo em seguida. Como eu estava por último no Grupo, ultrapassei o caminhão em alta velocidade e logo em seguida vi eles parando. Fui reduzir para parar no acostamento, quando ouvi uma buzina e vi uma carreta carregada crescendo no meu retrovisor. Tive que acelerar, para não virar pastel no asfalto, ao mesmo tempo que tirei para o acostamento. Como não daria tempo para frear, por sorte achei uma entrada para uma estrada de chão e cortei para este caminho nuns 80Km/h. Quando o pessoal viu o caminhão passando em alta velocidade por eles (já parados), ficaram me procurando. Para surpresa de todos, eu estava quase uns 50m à frente, numa estrada de chão, paralela à rodovia. Todos riram, mas depois eu expliquei que se não tivesse a estrada, eu teria feito um Strike nas motos paradas.

Passado o segundo susto (e último, graças à Deus), voltamos para a estrada e chegamos logo em seguida em Porecatu. O encontro não estava legal. Tinha algumas barracas e um pessoal fazendo manobras com moto, nada mais.

Comemos um salgado, tomamos alguma cervejas e resolvemos voltar. Antes de sairmos, o Maurício pediu para eu levar a sua esposa na minha garupa, pois o banco da moto dele estava deixando ela muito cansada.

Saímos de Porecatu já de noite e a viagem de volta foi bem mais tranqüila do que a de ida. Paramos em Astorga novamente na volta, em uma Pizzaria, mas só pra tomar uma caipirinha.

Chegamos em Maringá e aí sim fomos em uma Pizzaria para jantar. Passei antes pegar a Janaína, para que ela conhecesse o pessoal do Motoclube.

Nos despedimos e já ficamos marcados de irmos no próximo domingo para Cianorte, no almoço de lançamento do Encontro que será em Maio.

Agora com novos amigos (todos muito gente-boa) e participando de um Motoclube, tive a plena certeza de que meus finais de semana não seriam mais os mesmos.



quinta-feira, 27 de março de 2008

A Primeira vez é inesquecível

Após comprar a motoca, faltava fazer o óbvio: pegar a estrada com ela.

A convite do Rodrigo, antigo proprietário da Madonna (sim, ela tem um nome), combinamos de fazer uma viagem curta, até Mauá da Serra-PR. Seriam 120km's para conhecer o que é rodar de moto em uma rodovia.

Durante toda a semana, tentamos recrutar amigos para o passeio, porém quase todos nos deram uma resposta negativa, exceto o Edmilson (Amigo de longa data, e o responsável por eu estar em Maringá hoje). Como ele (Edmilson) mora em Apucarana, combinamos de encontrá-lo no trevo de sua cidade, uma vez que é caminho.

Eram 6:30hrs da manhã do domingo, dia 11/Novembro/2007, quando saímos de Maringá rumo à Mauá da Serra. Logo no início, aquela insegurança, de como a moto iria se comportar em uma velocidade acima de 100km/h. Td bem que ela estava equipada com Bolha (Parabrisa Dianteiro, que ajuda a desviar o vento) e eu também estava com roupas adequadas, para proteger do vento e do frio.

Passamos por Sarandi e Marialva e logo em Mandaguari fizemos uma parada para o Rodrigo passar no caixa eletrônico e sacar dinheiro, pois ele seguiria viagem até Curitiba. Saímos de lá e deixamos a pista dupla do trecho Maringá-Londrina para entrar em rodovia de pista simples, onde logo nos primeiros kilômetros, conheci o que era passar a 110Km/h por um caminhão carregado e em alta velocidade.

O susto foi tão grande que parece que o Piloto Automático entrou em ação (leia-se: Meu Anjo da Guarda). A moto chacoalhou toda e o tapa que levei do vento foi como se eu tivesse levado uma sarrafada no peito.

Passado o susto, comecei a me concentrar na estrada e ganhar confiança. Como o Rodrigo estava com uma esportiva de 900cc, tive que "tirar água de pedra" para poder acompanhá-lo. Chegando em Apucarana, encontramos com o Edmilson e ele passou a nos acompanhar até Mauá da Serra.

Passado os primeiros 80km's, posso dizer que comecei a curtir a viagem. Foi como ter feito a travessia do medo para o prazer. Não esqueço do momento que olhei à direita e vi o Horizonte ao longe, ao mesmo tempo que o asfalto passava rápido por baixo de mim. Realmente, estava descobrindo o que viria a tornar o meu vício, minha válvula de escape.

Quando você está na estrada, dá pra sentir o cheiro das plantações de café, o cheiro do chão molhado, as brisas geladas nos lugares mais baixos. Uma sensação incrível, que só quando se está de moto você consegue sentir.

Passando por Califórnia-PR, as pessoas olhavam com curiosidade para nós. Não sei por quê, mas quando um Grupo de Motociclistas passa por um lugar, chama a atenção das pessoas.

Finalmente, uma hora e 20 minutos depois, chegamos em Mauá da Serra e fomos tomar um café da manhã na Holandeza (Restaurante beira de estrada muito conhecido na região). Pedi um suco de laranja e um baurú (com pão caseiro e queijo de colônia). Aproveitei para comprar uns docinhos caseiros e outras gulosemas pra levar para a Janaína e pra família dela.

Carreguei os alforges e tiramos algumas fotos antes de partir. O Rodrigo seguiu viagem enquanto Eu e o Edmilson iniciamos nossa volta para Maringá (ele me acompanhou até aqui).

No caminho de volta foi tudo tranquilo, exceto pela dor, no momento em que um caminhão que estava à minha frente levantou uma pedra no asfalto e fez com que a pedra acertasse em cheio minha canela. Que vontade de chorar!!! (rs)


Fora isto, deu pra aproveitar cada Km da viagem, cada paisagem, cada aroma de plantação. O asfalto passando rápido embaixo dos meus pés, a paisagem ao longe, e a sensação de liberdade, são coisas que por mais que eu me esforçe, não conseguirei descrever.

Chegamos em Maringá e logo o Edmilson teve que voltar pra Apucarana, pois a filha dele ligou, dizendo que estava indo visitá-lo. Levei os docinhos para a Janaína e voltei pra casa para um bom e relaxante banho.

Um domingo que para muitos seria um dia perdido, pra mim foi um dia perfeito.


E a combinação "Moto e Estrada" finalmente passou a ter um significado diferente para mim.


Foto: Edmilson Molinari

quarta-feira, 19 de março de 2008

A Aventura começa aqui...


Caros amigos...

Estou criando este espaço com a finalidade de relatar minhas aventuras nas estradas deste Brasil à fora. Sou um apaixonado por motociclismo, em especial motos estilo "Custom", e desde que comprei minha primeira moto desta categoria, não tenho parado de sair de casa aos sábados e domingos em busca de aventuras, e conhecer de uma outra forma as estradas por onde passo.

Motociclismo é algo que deve ser levado à sério, pois trata-se de um hobby praticado por pessoas sérias, honestas e responsáveis. Lamento que certos "motoqueiros", com suas imprudências e irresponsabilidades, tenham manchado a imagem dos motociclistas, tendo como consequência o surgimento de uma "cultura" de preconceito e repúdio por parte das pessoas.

Mas, ainda existem pessoas de bem, que querem dar o bom exemplo no trânsito, mostrando que cada um tem o seu espaço nas ruas, avenidas e rodovias, e que quando há respeito mútuo, a viagem torna-se aquilo que seu próprio nome remete (felicidade, encontro entre pessoas queridas, conhecer lugares novos) e não momentos estressantes e desagradáveis.

Pretendo colocar aqui a minha visão de cada viagem, aquilo que vi, aquilo que senti e aquilo que conheci em cada uma destes passeios de fins de semana.

"Weekend Rider" sou Eu, é Você, assim como Todos aqueles que não deixam que o final de semana se resuma à um sofá e uma TV.

Existe algo que merecemos após uma semana intensa de trabalho duro: sair por aí, sem destino, encontrar os amigos, fazer novos amigos, esquecer das coisas que nos aborrecem e conhecer lugares que muitas vezes estão tão próximos, mas que nunca tivemos um bom motivo de chegar até lá.

Sejam bem vindos à este espaço e vamos saborear inúmeras aventuras e encontros entre pessoas de bem, e que sabem aproveitar as coisas boas desta vida.

Let's Ride!!!

Foto: Janaína Mantovani